domingo, 30 de março de 2014

Mensagem do Papa Francisco para a JMJ 2016

MENSAGEM DO SANTO PADRE FRANCISCO
PARA A XXIX JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE
(Domingo de Ramos, 13 de Abril de 2014)
«Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu» (Mt 5, 3)

Queridos jovens,
Permanece gravado na minha memória o encontro extraordinário que vivemos no Rio de Janeiro, na XXVIII Jornada Mundial da Juventude: uma grande festa da fé e da fraternidade. A boa gente brasileira acolheu-nos de braços escancarados, como a estátua de Cristo Redentor que domina, do alto do Corcovado, o magnífico cenário da praia de Copacabana. Nas margens do mar, Jesus fez ouvir de novo a sua chamada para que cada um de nós se torne seu discípulo missionário, O descubra como o tesouro mais precioso da própria vida e partilhe esta riqueza com os outros, próximos e distantes, até às extremas periferias geográficas e existenciais do nosso tempo.
A próxima etapa da peregrinação intercontinental dos jovens será em Cracóvia, em 2016. Para cadenciar o nosso caminho, gostaria nos próximos três anos de reflectir, juntamente convosco, sobre as Bem-aventuranças que lemos no Evangelho de São Mateus (5, 1-12). Começaremos este ano meditando sobre a primeira: «Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu» (Mt 5, 3); para 2015, proponho: «Felizes os puros de coração, porque verão a Deus» (Mt 5, 8); e finalmente, em 2016, o tema será: «Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia» (Mt 5, 7).
1. A força revolucionária das Bem-aventuranças
É-nos sempre muito útil ler e meditar as Bem-aventuranças! Jesus proclamou-as no seu primeiro grande sermão, feito na margem do lago da Galileia. Havia uma multidão imensa e Ele, para ensinar os seus discípulos, subiu a um monte; por isso é chamado o «sermão da montanha». Na Bíblia, o monte é visto como lugar onde Deus Se revela; pregando sobre o monte, Jesus apresenta-Se como mestre divino, como novo Moisés. E que prega Ele? Jesus prega o caminho da vida; aquele caminho que Ele mesmo percorre, ou melhor, que é Ele mesmo, e propõe-no como caminho da verdadeira felicidade. Em toda a sua vida, desde o nascimento na gruta de Belém até à morte na cruz e à ressurreição, Jesus encarnou as Bem-aventuranças. Todas as promessas do Reino de Deus se cumpriram n’Ele.
Ao proclamar as Bem-aventuranças, Jesus convida-nos a segui-Lo, a percorrer com Ele o caminho do amor, o único que conduz à vida eterna. Não é uma estrada fácil, mas o Senhor assegura-nos a sua graça e nunca nos deixa sozinhos. Na nossa vida, há pobreza, aflições, humilhações, luta pela justiça, esforço da conversão quotidiana, combates para viver a vocação à santidade, perseguições e muitos outros desafios. Mas, se abrirmos a porta a Jesus, se deixarmos que Ele esteja dentro da nossa história, se partilharmos com Ele as alegrias e os sofrimentos, experimentaremos uma paz e uma alegria que só Deus, amor infinito, pode dar.
As Bem-aventuranças de Jesus são portadoras duma novidade revolucionária, dum modelo de felicidade oposto àquele que habitualmente é transmitido pelos mass media, pelo pensamento dominante. Para a mentalidade do mundo, é um escândalo que Deus tenha vindo para Se fazer um de nós, que tenha morrido numa cruz. Na lógica deste mundo, aqueles que Jesus proclama felizes são considerados «perdedores», fracos. Ao invés, exalta-se o sucesso a todo o custo, o bem-estar, a arrogância do poder, a afirmação própria em detrimento dos outros.
Queridos jovens, Jesus interpela-nos para que respondamos à sua proposta de vida, para que decidamos qual estrada queremos seguir a fim de chegar à verdadeira alegria. Trata-se dum grande desafio de fé. Jesus não teve medo de perguntar aos seus discípulos se verdadeiramente queriam segui-Lo ou preferiam ir por outros caminhos (cf.Jo 6, 67). E Simão, denominado Pedro, teve a coragem de responder: «A quem iremos nós, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna» (Jo 6, 68). Se souberdes, vós também, dizer «sim» a Jesus, a vossa vida jovem encher-se-á de significado, e assim será fecunda.
2. A coragem da felicidade
O termo grego usado no Evangelho é makarioi, «bem-aventurados». E «bem-aventurados» quer dizer felizes. Mas dizei-me: vós aspirais deveras à felicidade? Num tempo em que se é atraído por tantas aparências de felicidade, corre-se o risco de contentar-se com pouco, com uma ideia «pequena» da vida. Vós, pelo contrário, aspirai a coisas grandes! Ampliai os vossos corações! Como dizia o Beato Pierjorge Frassati, «viver sem uma fé, sem um património a defender, sem sustentar numa luta contínua a verdade, não é viver, mas ir vivendo. Não devemos jamais ir vivendo, mas viver» (Carta a I. Bonini, 27 de Fevereiro de 1925). Em 20 de Maio de 1990, no dia da sua beatificação, João Paulo II chamou-lhe «homem das Bem-aventuranças» (Homilia na Santa Missa: AAS 82 [1990], 1518).
Se verdadeiramente fizerdes emergir as aspirações mais profundas do vosso coração, dar-vos-eis conta de que, em vós, há um desejo inextinguível de felicidade, e isto permitir-vos-á desmascarar e rejeitar as numerosas ofertas «a baixo preço» que encontrais ao vosso redor. Quando procuramos o sucesso, o prazer, a riqueza de modo egoísta e idolatrando-os, podemos experimentar também momentos de inebriamento, uma falsa sensação de satisfação; mas, no fim de contas, tornamo-nos escravos, nunca estamos satisfeitos, sentimo-nos impelidos a buscar sempre mais. É muito triste ver uma juventude «saciada», mas fraca.
Escrevendo aos jovens, São João dizia: «Vós sois fortes, a palavra de Deus permanece em vós e vós vencestes o Maligno» (1 Jo 2, 14). Os jovens que escolhem Cristo são fortes, nutrem-se da sua Palavra e não se «empanturram» com outras coisas. Tende a coragem de ir contra a corrente. Tende a coragem da verdadeira felicidade! Dizei não à cultura do provisório, da superficialidade e do descartável, que não vos considera capazes de assumir responsabilidades e enfrentar os grandes desafios da vida.
3. Felizes os pobres em espírito…
A primeira Bem-aventurança, tema da próxima Jornada Mundial da Juventude, declara felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu. Num tempo em que muitas pessoas penam por causa da crise económica, pode parecer inoportuno acostar pobreza e felicidade. Em que sentido podemos conceber a pobreza como uma bênção?
Em primeiro lugar, procuremos compreender o que significa «pobres em espírito». Quando o Filho de Deus Se fez homem, escolheu um caminho de pobreza, de despojamento. Como diz São Paulo, na Carta aos Filipenses: «Tende entre vós os mesmos sentimentos que estão em Cristo Jesus: Ele, que é de condição divina, não considerou como uma usurpação ser igual a Deus; no entanto, esvaziou-Se a Si mesmo, tomando a condição de servo e tornando-Se semelhante aos homens» (2, 5-7). Jesus é Deus que Se despoja da sua glória. Vemos aqui a escolha da pobreza feita por Deus: sendo rico, fez-Se pobre para nos enriquecer com a sua pobreza (cf. 2 Cor 8, 9). É o mistério que contemplamos no presépio, vendo o Filho de Deus numa manjedoura; e mais tarde na cruz, onde o despojamento chega ao seu ápice.
O adjectivo grego ptochós (pobre) não tem um significado apenas material, mas quer dizer «mendigo». Há que o ligar com o conceito hebraico de anawim (os «pobres de Iahweh»), que evoca humildade, consciência dos próprios limites, da própria condição existencial de pobreza. Os anawim confiam no Senhor, sabem que dependem d’Ele.
Como justamente soube ver Santa Teresa do Menino Jesus, Cristo na sua Encarnação apresenta-Se como um mendigo, um necessitado em busca de amor. O Catecismo da Igreja Católica fala do homem como dum «mendigo de Deus» (n. 2559) e diz-nos que a oração é o encontro da sede de Deus com a nossa (n. 2560).
São Francisco de Assis compreendeu muito bem o segredo da Bem-aventurança dos pobres em espírito. De facto, quando Jesus lhe falou na pessoa do leproso e no Crucifixo, ele reconheceu a grandeza de Deus e a própria condição de humildade. Na sua oração, o Poverello passava horas e horas a perguntar ao Senhor: «Quem és Tu? Quem sou eu?» Despojou-se duma vida abastada e leviana, para desposar a «Senhora Pobreza», a fim de imitar Jesus e seguir o Evangelho à letra. Francisco viveu a imitação de Cristo pobre e o amor pelos pobres de modo indivisível, como as duas faces duma mesma moeda.
Posto isto, poder-me-íeis perguntar: Mas, em concreto, como é possível fazer com que esta pobreza em espírito se transforme em estilo de vida, incida concretamente na nossa existência? Respondo-vos em três pontos.
Antes de mais nada, procurai ser livres em relação às coisas. O Senhor chama-nos a um estilo de vida evangélico caracterizado pela sobriedade, chama-nos a não ceder à cultura do consumo. Trata-se de buscar a essencialidade, aprender a despojarmo-nos de tantas coisas supérfluas e inúteis que nos sufocam. Desprendamo-nos da ambição de possuir, do dinheiro idolatrado e depois esbanjado. No primeiro lugar, coloquemos Jesus. Ele pode libertar-nos das idolatrias que nos tornam escravos. Confiai em Deus, queridos jovens! Ele conhece-nos, ama-nos e nunca se esquece de nós. Como provê aos lírios do campo (cf. Mt 6, 28), também não deixará que nos falte nada! Mesmo para superar a crise económica, é preciso estar prontos a mudar o estilo de vida, a evitar tantos desperdícios. Como é necessária a coragem da felicidade, também é precisa a coragem da sobriedade.
Em segundo lugar, para viver esta Bem-aventurança todos necessitamos de conversão em relação aos pobres. Devemos cuidar deles, ser sensíveis às suas carências espirituais e materiais. A vós, jovens, confio de modo particular a tarefa de colocar a solidariedade no centro da cultura humana. Perante antigas e novas formas de pobreza – o desemprego, a emigração, muitas dependências dos mais variados tipos –, temos o dever de permanecer vigilantes e conscientes, vencendo a tentação da indiferença. Pensemos também naqueles que não se sentem amados, não olham com esperança o futuro, renunciam a comprometer-se na vida porque se sentem desanimados, desiludidos, temerosos. Devemos aprender a estar com os pobres. Não nos limitemos a pronunciar belas palavras sobre os pobres! Mas encontremo-los, fixemo-los olhos nos olhos, ouçamo-los. Para nós, os pobres são uma oportunidade concreta de encontrar o próprio Cristo, de tocar a sua carne sofredora.
Mas – e chegamos ao terceiro ponto – os pobres não são pessoas a quem podemos apenas dar qualquer coisa. Elestêm tanto para nos oferecer, para nos ensinar. Muito temos nós a aprender da sabedoria dos pobres! Pensai que um Santo do século XVIII, Bento José Labre – dormia pelas ruas de Roma e vivia das esmolas da gente –, tornara-se conselheiro espiritual de muitas pessoas, incluindo nobres e prelados. De certo modo, os pobres são uma espécie de mestres para nós. Ensinam-nos que uma pessoa não vale por aquilo que possui, pelo montante que tem na conta bancária. Um pobre, uma pessoa sem bens materiais, conserva sempre a sua dignidade. Os pobres podem ensinar-nos muito também sobre a humildade e a confiança em Deus. Na parábola do fariseu e do publicano (cf. Lc 18, 9-14), Jesus propõe este último como modelo, porque é humilde e se reconhece pecador. E a própria viúva, que lança duas moedinhas no tesouro do templo, é exemplo da generosidade de quem, mesmo tendo pouco ou nada, dá tudo (Lc 21, 1-4).
4. … porque deles é o Reino do Céu
Tema central no Evangelho de Jesus é o Reino de Deus. Jesus é o Reino de Deus em pessoa, é o Emanuel, Deus connosco. E é no coração do homem que se estabelece e cresce o Reino, o domínio de Deus. O Reino é, simultaneamente, dom e promessa. Já nos foi dado em Jesus, mas deve ainda realizar-se em plenitude. Por isso rezamos ao Pai cada dia: «Venha a nós o vosso Reino».
Há uma ligação profunda entre pobreza e evangelização, entre o tema da última Jornada Mundial da Juventude – «Ide e fazei discípulos entre todas as nações» (Mt 28, 19) – e o tema deste ano: «Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu» (Mt 5, 3). O Senhor quer uma Igreja pobre, que evangelize os pobres. Jesus, quando enviou os Doze em missão, disse-lhes: «Não possuais ouro, nem prata, nem cobre, em vossos cintos; nem alforge para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem cajado; pois o trabalhador merece o seu sustento» (Mt 10, 9-10). A pobreza evangélica é condição fundamental para que o Reino de Deus se estenda. As alegrias mais belas e espontâneas que vi ao longo da minha vida eram de pessoas pobres que tinham pouco a que se agarrar. A evangelização, no nosso tempo, só será possível por contágio de alegria.
Como vimos, a Bem-aventurança dos pobres em espírito orienta a nossa relação com Deus, com os bens materiais e com os pobres. À vista do exemplo e das palavras de Jesus, damo-nos conta da grande necessidade que temos de conversão, de fazer com que a lógica do ser mais prevaleça sobre a lógica do ter mais. Os Santos são quem mais nos pode ajudar a compreender o significado profundo das Bem-aventuranças. Neste sentido, a canonização de João Paulo II , no segundo domingo de Páscoa, é um acontecimento que enche o nosso coração de alegria. Ele será o grande patrono das Jornadas Mundiais da Juventude, de que foi o iniciador e impulsionador. E, na comunhão dos Santos, continuará a ser, para todos vós, um pai e um amigo.
No próximo mês de Abril, tem lugar também o trigésimo aniversário da entrega aos jovens da Cruz do Jubileu da Redenção. Foi precisamente a partir daquele acto simbólico de João Paulo II que principiou a grande peregrinação juvenil que, desde então, continua a atravessar os cinco continentes. Muitos recordam as palavras com que, no domingo de Páscoa do ano 1984, o Papa acompanhou o seu gesto: «Caríssimos jovens, no termo do Ano Santo, confio-vos o próprio sinal deste Ano Jubilar: a Cruz de Cristo! Levai-a ao mundo como sinal do amor do Senhor Jesus pela humanidade, e anunciai a todos que só em Cristo morto e ressuscitado há salvação e redenção».
Queridos jovens, o Magnificat, o cântico de Maria, pobre em espírito, é também o canto de quem vive as Bem-aventuranças. A alegria do Evangelho brota dum coração pobre, que sabe exultar e maravilhar-se com as obras de Deus, como o coração da Virgem, que todas as gerações chamam «bem-aventurada» (cf. Lc 1, 48). Que Ela, a mãe dos pobres e a estrela da nova evangelização, nos ajude a viver o Evangelho, a encarnar as Bem-aventuranças na nossa vida, a ter a coragem da felicidade.

Vaticano, 21 de Janeiro – Memória de Santa Inês, virgem e mártir – de 2014.

Fonte: Site Jovens Conectados - http://www.jovensconectados.org.br/

AGENDA PAROQUIAL - 01 a 06/04

PARÓQUIA SANTA TEREZINHA
AGENDA PAROQUIAL
01/04 a 06/04/2014

Dias 01,02 e 03: 19h30 Preparação de Pais e Padrinhos para Batizado, na Matriz.
Dia 02: 19h30 Reunião Paroquial da Pastoral Familiar, na Penha.
Dia 02: 19h30 Reunião do Conselho Paroquial, na Matriz.
Dia 03: 19h30 Formação Paroquial de Liturgia com Padre João Filho, na Matriz.
Dia 04: PRESTAÇÃO DE CONTAS DAS COMUNIDADES.
Dia 04: Missas do Sagrado Coração de Jesus: 17h Penha,17h30 Matriz e 19h30 Outeiro da Cruz. Não haverá Missa no Coroado em função da Via-Sacra.
Dia 04: 19h Via-Sacra na Matriz, Ruas 3,8,9 e 10.
Dias 04,05 e 06: 4ª Missão Jovem da Paróquia Santa Terezinha, na Redenção.
Dias 05 e 06: Final de Semana Paroquial de Oração pelas Vocações.
Dia 05: 14h Encontro da Pastoral de Batismo, na Igreja São Judas Tadeu.
Dia 05: 16h Reunião em Preparação do Festejo de Santa Terezinha.
Dia 05: 16h Reunião de Preparação do Festejo de Santo Antônio, no Barés.
Dia 05: 17h30 Missa de Acolhida da Imagem de Nossa Senhora de Fátima, do Bairro de Fátima.
Dia 05: 19h30 Formação Paroquial para as Equipes de Batismo na Matriz.
Dia 05: 19h30 Celebração Penitencial, no Coroado.
Dia 06: Planejamento Paroquial da Catequese (Abril).
Dia 06: 16h Reunião da Equipe Vocacional Paroquial, na Penha.
Dia 06: 15h Reunião Paroquial do Apostolado da Oração, na Penha.
Fraternalmente,

Padre Everaldo Santos Araújo.

REFLEXÃO DOMINICAL - 4º DOMINGO DA QUARESMA






4º Domingo da Quaresma - Ano A - 30/03/2014

Na primeira leitura de hoje tirada do primeiro livro de Samuel (I Samuel 16,1.6-7.10-13), encontramos a ida de Samuel à cidade de Belém para ungir um dos filhos de Jessé como rei. Depois de apresentar sete de seus filhos, espera chegar o mais novo que estava apascentando as ovelhas. “Este era Davi, ruivo, de belos olhos e de formosa aparência.” Assim, Davi é ungido diante de seus irmãos e a partir daquele momento o espírito do Senhor se apoderou dele. No meio deste relato, no momento em que Samuel chega à casa de Jessé e vê Eliab pensando ser este o escolhido do Senhor, o mesmo Senhor vai dizer ao seu enviado: “Não olhes para a sua aparência nem para a sua grande estatura, porque eu o rejeitei. Não julgo segundo os critérios do homem: o homem vê as aparências, mas o Senhor olha o coração.” Portanto, neste 4º Domingo da Quaresma, onde somos convidados a continuar o aprofundamento de nossa vocação cristã a partir do batismo, pediremos ao Senhor a graça de um novo olhar. Um olhar mais de acordo com os critérios divinos e que não se contente somente com o aparente. Essa é a maior de todas as cegueiras que afligem as pessoas em suas relações! Neste domingo da iluminação, peçamos a graça de um olhar renovado, capaz de ver o outro como ungido, escolhido e amado por Deus, principalmente aqueles que segundo nosso modo de ver, se tornaram invisíveis para nós.
O capítulo 9 do evangelho de João, narra a cura de um cego de nascença, que também era mendigo, por Jesus que passando o vê. Jesus cospe no chão, faz lama, coloca-a nos olhos do cego, e depois diz a ele: “Vai lavar-te na piscina de Siloé.” O cego foi, lavou-se e voltou enxergando. O fato gerou uma série de questionamentos sobre se de fato aquele que agora via era o mesmo que vivia pedindo esmolas. Um homem invisível e esquecido por todos, agora se torna o centro das atenções.
Quando no versículo 39 Jesus diz: “Eu vim a este mundo para exercer um julgamento, a fim de que os que não veem vejam e os que veem se tornem cegos”, percebemos por meio de suas palavras, apontar para uma cegueira pior do que a que padecia este homem: a cegueira religiosa, que nos impede de ver o necessitado ao nosso lado. Assim que passou a enxergar, o antigo cego e mendigo foi levado diante dos fariseus, que insistiam em não reconhecer o grande sinal que estava diante de seus olhos. Primeiro, tentam desmerecer a ação de Jesus por ter acontecido num dia de sábado. Não compreenderam o que Jesus já havia dito várias vezes por todo evangelho: “O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado.” Como pode um preceito religioso se sobrepor à libertação de uma vida?
Depois de chamarem os pais do que fora cego para se certificarem que ele o era e agora estava curado, pedem a ele que dê glória a Deus, reconhecendo ao mesmo tempo em Jesus um homem pecador. Teria este louvor alguma validade? Como louvar a Deus, se este não se alegra com a libertação dos que estão cativos? Em seguida, meio que se contradizendo, os fariseus declaram-se discípulos de Moisés, a quem o Senhor concedeu realizar tantos sinais diante do povo que caminhava no deserto. Eram discípulos de quem realizou sinais no passado, mas, no entanto, não eram capazes de reconhecer os sinais de Deus em Jesus. Tanta cegueira, a ponto de não reconhecer sinal tão evidente do poder de Deus!
Na escola quaresmal, aprendemos a cada dia a moldar em nós o ser discípulo do Senhor, tendo como modelo a ser seguido o próprio Cristo servo e obediente. E o deserto é este espaço teológico sempre à nossa disposição, onde descobrimos ou redescobrimos o único necessário em nossa vida, pois o discípulo não vive em função do supérfluo. É momento que nos prepara a fazer a passagem do tempo das trevas, como hoje nos diz São Paulo em sua carta aos Efésios, para o tempo de filhos da luz. Que sirva para nós e ao mesmo tempo sejamos anunciadores dessa bela exortação: “Desperta, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos e sobre ti Cristo resplandecerá.” (Ef 5,14). Sejam a partir deste domingo da iluminação, a bondade, justiça e verdade, os frutos de nossas ações durante toda a semana que iniciamos.
Assim seja!
Padre Everaldo Santos Araújo - 
Pároco da Paróquia Santa Terezinha





quarta-feira, 26 de março de 2014

4º Missão Jovem - FORMAÇÃO

Olá jovens, lembram-se da missão jovem?! Muito legal não é!
Está se aproximando a missão jovem deste ano e todos vocês são convidados!
Você que participou venha e traga mais um amigo!
E você que não participou aproveite e vivencie estes dias maravilhosos de 'jovens evangelizando jovens'!
No dia 30/03, próximo domingo, às 7h, na Comunidade Nossa Senhora de Fátima, Redenção, haverá formação para a 4ª Missão Jovem, não percam, é muito importante a participação de vocês nesta formação!
A 4ª Missão Jovem acontecerá na Comunidade Nossa Senhora de Fátima, Redenção, nos dias 04, 05 e 06 de abril.

terça-feira, 25 de março de 2014

ANUNCIAÇÃO DO SENHOR - 25 DE MARÇO


Com seu “faça-se”, Maria inaugura novo tempo para a humanidade: abre as portas para que Deus venha e estabeleça morada entre nós. Nela o povo da promessa se torna o novo Israel, Igreja de Cristo. O Senhor está com ela e conosco também, pois somos seu povo para sempre.
"Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor!" Sl 39(40)
Abramos o nosso coração e digamos SIM a Deus! Sejamos fieis ao projeto de Deus em nossa vida!

segunda-feira, 24 de março de 2014

AGENDA PAROQUIAL - 28 a 30/03

PARÓQUIA SANTA TEREZINHA
AGENDA PAROQUIAL
28/03 a 30/03/2014

Dia 28: 19h Via-Sacra nas Ruas, na Rua 01. A primeira estação vai acontecer na casa de Dona Maria Nascimento.
Dia 29: 10h Reunião com os Representantes dos Grupos de Jovens de nossa Paróquia, na Matriz.
Dia 29: 14h Simpósio Arquidiocesano sobre a Campanha da Fraternidade 2014. Na sede da Renovação Carismática, Angelim.
Dia 29: 19h30 Celebração Penitencial na Comunidade Nossa Senhora da Penha, Sacavém, com um dos padres atendendo as confissões durante a Celebração.
Dia 30: 7h Após a missa na Comunidade Nossa Senhora de Fátima, Redenção, haverá formação para a Missão Jovem.
Dia 30: 15h Reunião com os coordenadores e planejadores da catequese paroquial, na Comunidade Nossa Senhora da Penha, Sacavém.
Fraternalmente,

Padre Everaldo Santos Araújo.

sábado, 22 de março de 2014

REFLEXÃO DOMINICAL - 3º DOMINGO DA QUARESMA

3º Domingo da Quaresma - Ano A - 23/03/2014

O encontro com o Senhor muda radicalmente a nossa vida, gera em nós exultação, alegria, aclamação; nossa vida transforma-se numa verdadeira festa.

O Papa Francisco chamará tudo isso em sua exortação apostólica de Alegria do Evangelho. São os louvores que proclamamos com a vida, por termos descobertos por meio desse encontro que Ele é o rochedo que nos salva, é a única segurança de nossas vidas. 
O encontro com o Senhor, ou melhor, termos sido encontrado por Ele gera em nós uma atitude incontrolável de alegria e adoração, que por sua vez não tem como ficar aprisionada com quem a recebe, naturalmente ela deve ser comunicada aos outros. É alegria do evangelho! Tudo o que Ele criou, nós que somos suas obras, e nossa história que a cada dia recria. Tudo é um convite de abertura de coração para acolher a sua voz, sua palavra. “Não fecheis os corações como em Meriba, como em Massa, no deserto, aquele dia em que outrora vossos pais me provocaram, apesar de terem visto as minhas obras.”
Todo encontro é uma abertura de coração, é gratuidade, pois é do Senhor a primeira atitude de busca. Como bem proclamou São Paulo em sua Carta aos Romanos, a prova do amor de Deus para com a humanidade, é de Cristo ter morrido por nós quando ainda éramos pecadores. Não tínhamos nenhum merecimento para justificar tamanha doação, somente o amor de Deus - que não tem por que, para que - nos faz compreender tão grande mistério.
Diz São Paulo: “E a esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.”
Nos foi dado, em nós foi derramado, é ação de Deus em nós, é graça, é dom, é amor, relação que se doa, por isso  nossa alegria é perene, e não um mero prazer que depois de um tempo se esvai. “A esperança não decepciona”, pois ela nasce da busca de Deus, por nós.
Vejamos, portanto, dois relatos bíblicos que nos falam do encontro de Deus com a humanidade. Por meio deles, tiremos lições que nos ajudem a fortalecer em nós a certeza que Deus nunca se cansa de nos procurar.
O primeiro é tirado do livro do Êxodo, e que nos serve hoje como Primeira Leitura. Diante da falta de água, o povo sedento, questiona-se: “O Senhor está no meio de nós ou não?”. Moisés é o grande condutor de povos, e diante de tantos questionamentos e murmurações, o que ele faz? Antes de passar adiante do povo, de levar consigo os anciãos, tomar a vara que havia ferido o Nilo e ir, clama ao Senhor. Antes de qualquer ação, ele clama ao Senhor como tantas vezes fez diante dos desafios na condução do povo rumo à terra da promessa. É ele quem tinha fortes momentos de profunda intimidade com Deus, a ponto de o autor sagrado dizer que ele conversava face a face com Deus. Agora, este clamor-encontro com o Senhor, não é de modo algum atitude passiva do homem; ele faz, mas também clama e obedece ao convite de ir! É o fazer humano guiado pela certeza de que: “Vai, eu estarei diante de ti”. O próprio sinal da ação divina é composto pela ação humana: ferirás a pedra – a ação humana - e dela sairá água - a ação divina (graça). Onde já se viu sair água de uma rocha? Com efeito, o ferir a pedra depende de nós, mas esperar que de lá saia água, é passar da ação a esperança. O que fazemos nós diante das murmurações e dificuldades da vida?
O segundo relato, é o encontro de Jesus com a Samaritana, na cidade de Sicar, junto ao poço de Jacó. Jesus, cansado da viagem, pede à mulher: “Dá-me de beber”. Este encontro é todo inteiro marcado pelo dom, onde Jesus pede, para ao mesmo tempo revelar que a sede que ela tem é maior que a sede física. Enquanto Ele fala de água viva, dom e vida eterna, a mulher ainda insiste em balde, poço fundo e de ter que voltar para buscar mais água. Ela é alguém marcada e presa às coisas rasteiras, enquanto o Senhor está procurando por meio deste encontro, conduzi-la às coisas do alto. Todo encontro com o Senhor gera gratidão e conduz à missão! Assim fala Jesus: “Mas quem beber da água que eu lhe darei, esse nunca mais terá sede. E a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água que jorra para a vida eterna”.
Marcada por este encontro, a mulher dirige-se à cidade, testemunhando que possivelmente haveria de ter encontrado o Cristo. As suas palavras e seu testemunho, fez com que muitos abraçassem a fé em Jesus. Assim, ela não somente encontrou-se com Ele, ela foi canal por meio do qual outros também participassem desse encontro, de modo que após permanecerem com Ele não mais acreditassem somente nas palavras da mulher, mas nas de Jesus, pois eles mesmos ouviram e conheceram por meio do permanecer, que Ele era verdadeiramente o Salvador do mundo. Não é esta a nossa missão?
Peçamos ao Senhor da vida, que nunca se cansa de vir ao nosso encontro, para nos fazer experimentar o seu amor, que neste tempo de quaresma as nossas ações sejam sempre orientadas pela vontade de Deus, e que o testemunho de nossa vida conduza sempre mais os outros a buscarem permanecer sempre ao seu lado. 

Assim seja!

Padre Everaldo Santos Araújo -
Pároco da Paróquia Santa Terezinha

segunda-feira, 17 de março de 2014

AGENDA PAROQUIAL - 17 a 23/03

PARÓQUIA SANTA TEREZINHA
AGENDA PAROQUIAL
17/03 a 23/03/2014

Dias 17 a 21: Retiro Anual do Clero da Arquidiocese de São Luis-MA.
Dia 21: 19h Via - Sacra pelas Ruas: Ruas 13, 12 e 11. Início na Casa de Sr. Coqueiro.
Dias 22 e 23: Assembléia Arquidiocesana da Pastoral da Juventude, no Oásis.
Dia 22: 15h Reunião com os Grupos da Mãe Peregrina na Matriz.
Dia 22: 17h30 Festa das Àcies na Matriz.
Dia 22: 19h30 Celebração Penitencial na Comunidade Santo Antônio, nos Barés. Um dos Padres estarão atendendo as confissões durante a celebração.
Dia 22: 19h30 Missa de Dom Oscar Romero no Seminário da Diocese de Balsas.
Dia 23: 9h30 Encontro com os Jovens que vivenciaram o Retiro de Carnaval, na Matriz.
Dia 23: 9h30 3º Reunião do Projeto de Implantação da pastoral da Criança, na Matriz.


Fraternalmente,
Padre Everaldo Santos Araújo.

domingo, 16 de março de 2014

REFLEXÃO DOMINICAL - 2º DOMINGO DA QUARESMA





2º Domingo da Quaresma - ANO A - DIA 16/03/2014
1º Leitura: Gn 12,1-4a
Salmo: Sl 33(32) - Sobre nós venha a vossa graça, Senhor!
2ª Leitura: 2Tm 1,8b-10 
Evangelho: Mt 17,1-9 - A transfiguração

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No domingo passado, por meio das tentações de Jesus no deserto, tomávamos conhecimento das tentações sempre atuais que ferem em nós a dignidade de filhos e filhas de Deus. E como muitos estudiosos da Bíblia sempre evidenciam, Jesus, em toda a sua caminhada descrita pelos evangelhos, procurou mostrar o caminho para vencer essas tentações. Neste 2º Domingo da Quaresma, Domingo da Transfiguração, poderemos claramente perceber o que anteriormente foi dito.
No evangelho passado, na segunda tentação, o diabo levava Jesus para a cidade santa, para a parte mais alta do templo. E pedia que o mesmo se jogasse de cima a baixo, apoiado em citações da Sagrada Escritura. Jesus apenas responde, com outra citação: “Não tentarás o Senhor, teu Deus.” Estava assim vencida a tentação da busca pelos sinais espetaculares, talvez uma das maiores no meio dos grupos religiosos atuais, que fazem de tudo para converter por meio de sinais incontestáveis. O que acho de interessante nesta tentação, é que a mesma se dá em ambientes que apontam para a temática do religioso: cidade santa e parte mais alta do templo. Não seria este um sinal de que tal tentação se faz mais presente em nosso ambiente religioso?
Neste domingo, Pedro, Tiago e João, são levados por Jesus, para uma alta montanha. Aí ele transfigura-se diante deles: rosto brilhante como o sol, e vestes brancas como a luz; junto de Jesus estão Moisés e Elias. Diante de esplendoroso sinal, Pedro em nome dos três, pede que sejam construídas aí três tendas, em sinal de que a realidade despertava um desejo de permanência e segurança. Logo em seguida, enquanto ainda falava, uma nuvem luminosa os cobriu com sua sombra, e dela saia uma voz que dizia: “Este é o meu Filho amado, no qual eu pus todo o meu agrado. Escutai-o!” No entanto, se diante da transfiguração os discípulos manifestaram o desejo de permanecer, diante desta, eles ficaram assustados e com medo. Como entender tamanho medo, a tal ponto de caírem com o rosto em terra? Escutar Jesus por acaso, gera tanto medo assim?
Não podemos esquecer que o relato da transfiguração está intimamente ligado ao primeiro anúncio da paixão feito por Jesus; nele o Senhor anuncia que deverá subir a Jerusalém, padecer em sofrimento, mas ao terceiro dia ressuscitar. Escutá-lo, portanto, é compreender que a nossa condição de verdadeiros filhos e filhas de Deus, passa pela entrega amorosa ao outro, para que este tenha vida e alcance a salvação. No espírito da segunda tentação, que buscava o convencimento por meio do espetacular, os discípulos como também nós, somos mais atraídos às manifestações gloriosas, a tal ponto de manifestarmos o desejo de instalarmos nossas tendas. Escutar o que o Filho Amado tem a dizer é mais exigente!
Somente com os olhos fixos em Jesus, e com a disposição de escutá-lo, nos tornaremos verdadeiros filhos de Deus, seremos abençoados e abençoadores. Abraão se tornou benção, porque confiando na Palavra de Deus, saiu e partiu. Deixou a segurança de sua terra, de sua família e da casa de seu pai. Este ó apelo que tanto o papa Francisco tem nos feito nos dias de hoje: saí! Benção aqui significa salvação, verdadeiro sentido da vida, felicidade plena, que só pode ser alcançada pela entrega da vida que se faz dom, porque foi capaz de reconhecer por primeiro Deus como dom de sua vida. E esta vida provém de Deus, fruto de sua graça e desígnio, como hoje nos recorda São Paulo em sua segunda carta a Timóteo: “Deus nos salvou e nos chamou com uma vocação santa, não devido às nossas obras, mas em virtude do seu desígnio e da sua graça.” (2 Timóteo 1,9).
Somente aquele e aquela, queridos irmãos, que reconhecem a sua vida como dom e graça de Deus, são capazes de fazer sua vida aos demais um dom, uma benção. Pois tudo na vida nos aponta para graça e para as manifestações do seu amor por nós: a natureza, a nossa história, as pessoas, sua Palavra, a Eucaristia, os sacramentos... O que confirma as palavras do salmista: “Transborda em toda a terra a sua graça”. (Salmo 32). Com os olhos fixos no crucificado, manifestação do amor sem medida, meditemos o que essa entrega tem a nos dizer neste 2º Domingo da Quaresma, não esquecendo que ela não tem sentido se não for contemplada por meio da luz da ressurreição, pois “Ele não só destruiu a morte, como também fez brilhar a vida e a imortalidade por meio do evangelho.” (2 Tm 1,10).
Nós que esperamos no Senhor, nosso único refúgio, proclamemos com toda a igreja nesta caminhada da graça quaresmal, a uma só voz: “ Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça.” ( Sl 32).
Padre Everaldo Santos Araújo - 
Pároco da Paróquia Santa Terezinha

segunda-feira, 10 de março de 2014

AGENDA PAROQUIAL - 11 A 16/03

PARÓQUIA SANTA TEREZINHA
AGENDA PAROQUIAL
11/03 a 16/03/2014


Dia 11: 9h Estadia do Pároco na Comunidade Santo Antônio, Barés.
Dias 11,12 e 13: 19h30 Preparação de Pais e Padrinhos para batizados, na Matriz.
Dias 12 a 16: Recordação da Visita das Relíquias de Santa Teresinha à nossa Paróquia (1998).
Dia 12: 19h30 Espiritualidade Litúrgica na Comunidade Nossa Senhora da Vitória, Outeiro da Cruz.
Dia 13: 12h Missa em Devoção a Nossa Senhora de Fátima na Redenção.
Dia 14: 19h Via-Sacra pelas Ruas. Na matriz vai acontecer na Rua 2 e Vila Filipinho. Ponto de concentração, em frente à casa do Diácono Castro.
Dia 15: 8h-18h Vida de Oração do Catequista - IESMA.
Dia 15: 15h Tarde de Espiritualidade, na Comunidade Nossa Senhora da Penha, Sacavém.
Dia 15: 16h Reunião em Preparação do Festejo de Santa Terezinha 2014, na Matriz.
Dia 15: 19h30 Formação Paroquial do Terço dos Homens, na Matriz.
Dia 15: 19h30 Celebração Penitencial, na Comunidade Nossa Senhora de Fátima, Redenção. Um dos Padres estará atendendo as confissões durante a celebração.
Dia 16: 8h Encontro dos Dizimistas da Comunidade Matriz. Início com a Missa.
Dia 16: 15h Reunião da Cúria da Legião de Maria, na Matriz.
Dia 16: 15h Reunião com a Pastoral do Idoso, na Comunidade Nossa Senhora da Penha, Sacavém.

Boa semana a todos!

Fraternalmente,
Padre Everaldo Santos Araújo.

domingo, 9 de março de 2014

A PEDAGOGIA DA QUARESMA

Todos somos convidados, neste tempo, a rever o modo de viver cristão e dar importância à celebração do mistério pascal. A Quaresma é o tempo litúrgico favorável à graça da conversão e da reconciliação.
“Vós (ó Deus) concedeis aos cristãos esperar com alegria, cada ano, a festa da Páscoa. De coração purificado, entregues à oração e à prática do amor fraterno, preparamo-nos para celebrar os mistérios pascais, que nos deram vida nova e nos tornaram filhas e filhos vossos”, reza o Prefácio da Quaresma I.
Trata-se, portanto, de uma pedagogia salutar. Ela nos propõe a revisão do nosso modo de viver, apresentando muitas questões à nossa consciência, por exemplo: o que mais desejo em minha vida? O que considero mais importante? O que mais influi sobre minhas opções e escolhas? Para onde se direciona o meu amor primário? Que direção assinala a bússola da minha viagem no tempo?
Parece a muitos que a renovação promovida pelo Vaticano II se refere somente à modalidade exterior da organização eclesial. É justamente o contrário. Ela diz respeito à nossa vida pessoal, às correções que devemos imprimir em nossa conduta, aos critérios norteadores do nosso senso moral, segundo as questões existenciais de nosso tempo.
“Convertei-vos e crede no evangelho” (Mc 1,15) é o grande apelo deste tempo litúrgico. É preciso dar a si mesmo um referencial, um significado e uma direção para a vida, a fim de que se torne verdadeiramente humana e cristã.
Oremos: “Ó Deus, fonte de toda misericórdia e de toda bondade, vós nos indicastes o jejum, a esmola e a oração como remédio contra o pecado. Acolhei a confissão da nossa fraqueza para que, humilhados pela consciência de nossas faltas, sejamos confortados pela vossa misericórdia. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!” (missa do 3º domingo da Quaresma).
D. Orani João Tempesta, O.Cist.

Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro